segunda-feira, 28 de maio de 2012

Consciência

Em sua coluna no domingo passado no Jornal Pioneiro, Gilmar Marcílio escreveu algo do tipo: Esvaziem suas casas e encham suas mentes. A frase não foi exatamente essa e não foi com sentido literal. Na verdade ele se referia ao aumento do poder aquisitivo pelo povo brasileiro, que gerou um crescimento desenfreado no consumo pelo material, enquanto o cultural é colocado em segundo plano. É claro que o consumo é importante, ele faz a economia girar, gera empregos, melhora o país. Mas é preciso de vez em quando um certo questionamento. Será que realmente preciso de tanta coisa? E as consequências que tudo isso traz? Além do endividamento da população e da inadimplência, que afetam diretamente a economia de um país (não só a economia, até mesmo a superlotação do sistema público de saúde é a consequência da nossa falta de educação financeira).

Acredito que seria importante ensinar as crianças nas escolas, desde sempre, sobre estes dois tópicos: educação financeira e consumo consciente, para que tenham bons hábitos desde o início da vida. Crianças são boas disseminadoras de informação, elas costumam levar para casa o que aprendem na escola, espalhar o aprendizado. Sou de uma cultura em que é importante ter uma reserva financeira "para os dias de chuva", já percebi em inúmeras situações o quanto realmente ela se faz necessária.

O volume de lixo descartado de maneira incorreta é outra péssima consequência do excesso de consumo inconsciente. Hoje de manhã no noticiário um dos assuntos foi sobre o lixo eletrônico no Brasil, um dos maiores produtores mundiais desse tipo de lixo.

Com o crescimento desenfreado de Caxias nem sei em quantas vezes o volume do que é descartado aumentou. Porém aqui ainda é feita a coleta seletiva do lixo, os catadores de material reciclável são cadastrados pela prefeitura, vemos várias pessoas que utilizam suas sacolas retornáveis em super mercados, existem boas práticas de maneira geral. Não é o suficiente, porém é um início.

Falta também consciência da origem do que é consumido. Poucas vezes valorizamos o que é local, o que é nosso, ou mesmo matérias primas que sejam de fontes corretas. Isso reflete diretamente nos empregos, no ambiente, na auto estima de uma cultura de maneira geral. Quando eu estudava em Canela, vários colegas tinham famílias ligadas ao setor calçadista, que costumava ser muito forte no Rio Grande do Sul. Com o aumento absurdo do consumo de produtos chineses, aumentou o desemprego e a violência nas cidades que antes giravam em torno dos calçados. Esse é só um exemplo em milhares, que frequentemente as pessoas não percebem na hora de adquirir um produto.

Consciência é a palavra chave, consciência na hora de educar crianças para serem consumidores que pensem, que tenham noção do quanto suas escolhas afetam a sociedade e o ambiente. Consciência na hora do descarte de lixo, consciência na hora de fazer uma dívida, consciência que nosso comportamento reflete diretamente no futuro do planeta.



Mudando de assunto, sexta fiz uma aula muito bacana, de caixas quadradas, no Armazém Art & Tecidos. Adorei, foi uma aula muito bacana, a profe e as colegas tri queridas, uma injeção de alegria! E o resultado final nas fotinhos!

That's all folks.

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