segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

E que venha a chuva!

Hoje o dia começa com chuva. Bem feliz e bem vinda a chuva.
Ontem terminei o quadrinho do bastidor. Os acabamentos ficaram por conta da minha mãe. Adorei a ideia que ela teve da fita para pendurar o quadrinho. Abaixo uma fotinho tirada por ela do resultado final.


Mudando de assunto, frequentemente penso o quanto minha vida é fácil. Graças a Deus por isso, é claro, estou longe de reclamar a respeito. Mas ontem observei um vendedor de algodão doce voltando do parque embaixo de chuva e fiquei pensando na vida dele. Embaixo de sol, de chuva, nas dificuldades que eu nem faço ideia que ele enfrente. Não sei onde ele mora, ou com quem, ou em que condições.

Vejo com frequência também um rapaz que creio que more perto da minha vó. Ele tem um problema de locomoção, anda com bastante dificuldade. Vejo o rapaz indo e voltando do trabalho, sempre a pé. Não consigo imaginar quantos momentos difíceis ele já passou, as barbaridades que ele já ouviu. Não imagino o quanto ele já possa ter sofrido na vida.

É claro que todos sofrem, em um momento ou em outro. Que todos pensam que não aguentam mais determinada situação. Mas para algumas pessoas a vida é tão difícil. Escuto histórias de quem trabalha não sei quantas horas, de quem perde um absurdo de tempo para chegar em casa, de quem ainda cuida de um familiar doente, de quem se vira em trinta para pagar as contas no final do mês. Além de inúmeras possibilidades de problemas, de doenças, de situações. Penso que eu já não consigo fazer tudo o que gostaria, mesmo praticamente não parando quieta das 06h30 às 22h00. E as pessoas precisam dar conta, até porque muitas vezes outros dependem delas.

Espero de todo coração que essas pessoas encontrem algo bom no final das contas. Que haja uma recompensa para tamanho esforço. Que apareça a alegria em suas vidas. Não somente um final feliz, mas diversas felicidades no meio do caminho. E um pouco de facilidade em meio a tantos percalços.

PS: A Festa da Uva deste ano está um tanto quanto apagada, o que é bem triste, uma vez que a temática dela tem um potencial muito bacana. Porém hoje vi no Jornal do Almoço as olimpíadas coloniais da Linha 40, bah, sensacional. Uma das melhores provas é o arremesso do queijo de fôrma. Um dos senhores mandou totalmente para o lado oposto do que deveria ter lançado, foi hilário. E a repórter pisando nas uvas no final encerrou a matéria maravilhosamente. Acho que essa é a essência da festa da uva.  

That's all folks.

3 comentários:

  1. Bia, compartilho de todos seus sentimentos com relação a isso tudo. Sei o que algumas pessoas passam porque em partes já passei por muitas dificuldades também, mas, felizmente superei e agora vejo o quanto minha vida é boa e que não posso reclamar. Hoje vinha no ônibus, e depois de uns 50 minutos consegui sentar. Pude então observar a parte final do trajeto, quando o ônibus mais enche, e a condição indigna e subhumana a que aquelas pessoas precisam se submeter para trabalhar porque precisam sobreviver. Não entendo como nossas autoridades podem ignorar esse tipo de coisa e fingir que tudo está bem, distribuindo lindos relatórios de gestão ao término de seus mandatos. É uma pena...

    Ps.: Bia, adoro o tom de criticidade que você dá aos seus posts. Não acho que dê para ficarmos em cima do muro quanto a alguns assuntos e falarmos só de coisas boas o tempo todo. Claro que eu já senti o peso dessa minha posição. Sempre vi a tudo com muita seriedade e estou tentando aprender a ver a vida com mais leveza, mas, não dá para ignorar a realidade a nossa volta não é?
    Beijinhos.

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  2. Ficou lindo o quadrinho/bastidor! parabéns pelo capricho viu?
    bjo bjo flor =)

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  3. É verdade, o bastidor ficou a cara da Ruby mesmo: ela gosta muito da torre Eiffel... Ficou lindo! Parabéns!

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