quarta-feira, 14 de março de 2012

Home for kids and home for easter



Li recentemente um texto falando sobre as falhas na educação das gerações mais novas. Sobre como os pais não ensinam seus filhos a lidar com a frustração, como eles lhe dão tudo sem lhes mostrar o valor e o trabalho necessário para conquistá-lo, sobre a facilidade com que desistem quando qualquer dificuldade se apresenta. Respostas negativas viraram quase que uma tortura em nossa sociedade. Fazer a criatura lavar uma louça então... Escutei no final de semana uma histórias de uma pessoa que estava super estressada. Em seguida ela começou a discutir com sua colega uma futilidade absurda. Não pude deixar de pensar como algumas pessoas estão fracas, como por qualquer pedrinha no meio do caminho elas escorregam e precisam de artifícios para se reerguerem.

Grande parte das crianças não conhecem educação. Em compensação, tudo sabem sobre novas tecnologias, sobre marcas de grife e carros de luxo. Imagina pedir a um filho para lavar a louça, para tirar o pó do quarto. É quase que um crime, pobre criança escravizada pelos pais porque jogou o lixo fora! É melhor ensiná-lo a ser um reizinho, a achar que o mundo está aqui para servi-lo.  

Uma amiga querida falou uma expressão há um tempo atrás que achei sensacional: “Ela precisa de terapia... Ter a pia cheia de louça para lavar.”Acredito que a utilidade diminui o drama. O que quero dizer com isso é que, em vez de entupir uma criança de remédios a uma criança porque ela tem muita energia e deixá-la sentada em frente ao computador o dia inteiro, coloque a criatura para ajudar nas tarefas de casa, para ir a escola a pé, para andar de bicicleta. Em vez de ceder aos seus apelos por açúcar e sedentarismo e quaisquer outras vontades o tempo todo, crie um ser humano um pouco mais consciente, que não irá superlotar o sistema de saúde, nem o ouvido de quem precisa aguentá-lo dramatizando sobre tudo. Explique, se dê ao trabalho de ao menos tentar. Li que é preciso pelo menos 10 tentativas para o paladar se acostumar com alguns sabores. Então se o piá não gostou de brócolis na primeira tentativa, faça novamente. É cansativo, realmente, mas é bem menos cansativo do que mais tarde ter que entupi-lo de complementos porque ele não “consegue” comer direito. É bem menos complicado do que lidar com problemas de auto estima, que também afetam de uma forma ou de outra a saúde e a personalidade da pessoa para sua vida toda. Não, a vida não é tão fácil assim. Nem é criar um filho. Mas faça um bem à humanidade e diga um “NÃO” a ele de vez em quando. O mundo com certeza será um lugar melhor.

Encerro com duas imagens: a primeira é de como a natureza possui uma capacidade de adaptação que deve ser imitada. Achei o máximo a forma como esse tronco se enrolou na grade de um prédio, perto de onde moro. E a segunda é do meu quarto, começando a ser vestido para a Páscoa!



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