quarta-feira, 27 de julho de 2011

Saudades...

Um dos meus lugares favoritos quando eu era criança era o escritório do meu vô. Era um lugar repleto de ferramentas, de coisas estranhas que ele havia criado, tinha um afiador de serrote (que quando eu era criança eu sabia pilotar), cebolas e salames pendurados, diversas conservas, projetos de casas que ele desenhava... Não há descrição que eu faça que dê jus a como era divertido aquele lugar. Quando meu vô ficava lá trabalhando, eu adorava ficar olhando o que ele fazia. Ele conseguia fazer tudo: uma enxadinha para mim, uma casa para meu coelho, quando o coelho resolveu fazer um buraco como casa, o vô fez um telhado para o buraco dele. Ele arrumava tudo, ele criava as coisas mais mirabolantes, era sensacional. Ele sabia tantas coisas.

Ele dizia também as coisas mais engraçadas, não faço a menor ideia do porquê. Ele dizia "as freiras não tem isso aqui, sabia moleca?", apontando para o joelho. Ele dizia que para entrar em Porto Alegre era preciso beijar a bunda de uma véia. Ele dizia que as manchinhas brancas das unhas eram mentiras que a gente contava. Ele me ensinou a pregar um botão, a martelar, a serrar, a capinar, a tabuada, a ver tanta magia em coisas tão pequenas. Hoje faz dois anos que ele não está mais aqui.

Mudando totalmente de assunto, eu sei que ainda está longe para o Natal, mas eu adoooooro o Natal. Adoro a empolgação da época, adoro a felicidade escondida em cada presente, adoro como todos os sentimentos são ditos quando é Natal. Podem me dizer o quanto quiserem que é uma data comercial, mas eu adoro toda a magia atrás dela. Adoro montar árvore, adoro ver as luzes nas ruas, adoro o ar do Natal. Então já fiz um pequeninho experimento natalino, ele está aí embaixo.


Encerro hoje com algo que meu pai sempre me ensinou. É um clichê, mas a vida passa tão rápido. A gente sempre acha que terá mais tempo com as pessoas que são importantes, a gente sempre acha que se não der hoje, tudo bem, amanhã dará, e no dia seguinte pensaremos o mesmo. Às vezes para todo mundo é óbvio o quanto alguém é importante, menos para este alguém. As pessoas são o mais importante, o carinho que a gente dá a elas, o quanto nós deixamos claro que elas são amadas. Eu sei, tudo clichês, tudo em cerca de mil poemas, mas é o que importa, no final do dia é o que realmente importa.
That's all folks.

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