sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Mudar

A vida tem coisas engraçadas. I know, such a cliche again. Mas é verdade,  gente nunca faria algo até o momento que faz. Não me refiro a nada ilícito, of course, mas a coisas bastante simples. Por exemplo, estava lendo um matéria sobre ciclistas na revista de uma loja de eletrodomésticos (lugar improvável, I know). Ela conta a história de um publicitário de São Paulo que vendeu o carro e, no primeiro dia sem, resolveu pegar uma bicicleta da agência emprestada para voltar para casa. Depois disso, ele não comprou mais outro carro, mas sim uma bicicleta desmontável. Aí, quando chove, por exemplo, ele desmonta e entra num metrô, táxi, ou o que quer que seja. Chegou a conclusão que é mais tranquilo e economiza até R$ 700,00 por mês dessa forma. Achei o máximo.

A matéria ainda diz que a frota de veículos do Brasil dobrou de pouco tempo para cá, fala o que isso significa em termos de poluição e tals (significa muito, by the way) e problemas respiratórios para os moradores das grandes cidades (e das pequenas também, ontem vi no noticiário que Bento Gonçalves tem a maior frota em termos de carros por habitante do Rio Grande do Sul). Mas a minha intenção não é nem de falar sobre o problema que os carros geram, mas sim sobre a mudança na vida das pessoas.

Quantas vezes nos pegamos dizendo “Eu nunca faria, eu nunca comeria, eu nunca agiria dessa forma, eu não consigo.” Quantos nuncas... Até que fazemos, até que mudamos, até que aceitamos que nenhuma forma de radicalismo é saudável, que podemos sim mudar de atitude, que conseguimos fazer as coisas de outra forma. O ser humano possui essa maravilhosa capacidade de adaptação que, às vezes, deixa de usar por teimosia. Vejo meu pai, que “nunca” passava um domingo sem um rodízio de churrasco e hoje em dia não come mais carne vermelha. Minha mãe e uma querida amiga, aprenderam  a tomar café sem açúcar. As pessoas que perdem seus queridos, e aprendem a acordar no dia seguinte e seguir adiante. E tantas outras mudanças, voluntárias ou não. A gente aprende, a gente cresce, a gente fica mais feliz e mais saudável. E se não ficamos felizes, ficamos mais fortes, o que é fundamental para a construção da personalidade. E para um felicidade mais sólida.


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