segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Sobre amizades antigas, coelhos e galinhas

Tenho duas amigas que conheço há praticamente 20 anos. Passei o domingo com elas. É interessante conhecer alguém há tanto tempo. Torna-se uma família que Deus te dá um pouquinho mais tarde. Um laço forte, sólido. Essas amizades tiveram uma forte participação na construção da minha personalidade. Passamos por tantas coisas. Desde sempre. É uma sensação tão boa ter esse conforto. Não um amigo de rede social, não um amigo superficial, mas um amigo que já te viu realmente, tua essência. Quem tu foste, quem tu estás te tornando. Não sei explicar totalmente esse sentimento de ter a certeza que algumas pessoas sempre estarão, de uma forma ou de outra, em tua vida. Para falar sobre qualquer coisa. Para apoiar, para diminuir os pesos, para conversar sobre os assuntos mais bizarros. Uma amizade que não enfraquece pela distância. Que faz a diferença, que soma. Que traz paz.

Pensei nisso ontem. Mediante a estas tragédias recentes, é ainda mais fácil perceber a fragilidade das “coisas”. As pessoas perderam seus locais de trabalho, informações, equipamentos. Tudo pode sumir de um momento para o outro. O que ainda permanece são as pessoas, são as memórias, são os sentimentos. A verdade é que as pessoas mudam, se adaptam, reconstroem. O importante é aquilo que as motiva a acordar novamente, a dar um segundo passo, a continuar. O importante, pelo menos para mim, são aqueles que estão na minha vida, o que passamos juntos, nossas memórias, nossas histórias.

Essa tarde feliz de domingo passamos nos Morangos Hidropônicos, na Rota do Sol. Passamos com galinhas robustas, coelhos queridos, uma nenê sorridente e social dançando para nós e moranguinhos embalados por músicas antigas.       





Um comentário:

  1. As melhores amigas que alguém poderia ter!!!! Concordo com tudo!
    Beijo pra vocês!
    Tito

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