terça-feira, 9 de agosto de 2011

Cartinhas...


Tenho milhares de cartas de amigos. Acho que sim, posso dizer sem exagero, milhares. Cartas, cartões, bilhetes... Uma grande amiga minha tinha o hábito de escrever da mesma forma que fala, então as cartas dela eram quase livrinhos. Juro, uma vez ela me mandou uma carta de oito folhas preenchidas na frente e no verso. Quando ela se mudou para Campinas adorava toda vez que chegava um envelope gordinho na minha caixinha de correio, a medida que lia a carta podia quase ouvi-la falando tudo aquilo.

Outra coisa que eu adorava eram os cadernos de recordação e questionários. Achava o máximo as dedicatórias de cada pessoa, cada uma mais cheia de canetas coloridas, desenhos e adesivos. Era tão gostoso entregar o caderno de recordação para alguém e recebê-lo de volta, a ansiedade de ver o que a pessoa havia escrito, os desenhos... Era demais. Quando eu fiz 15 anos ganhei vários presentes, como manda a tradição (não sei se ainda é assim, mas em 2001 era). O que eu mais gostei foi um que minha mãe fez em parceria com a Mari, um caderno com recordações de praticamente todas as pessoas que estavam na minha vida na época. Acho que nenhum presente teve o poder de ser tão emocionante.

Tudo isso me veio em mente porque hoje vi uma matéria no Mais você que dizia que em alguns Estados dos USA já não é mais obrigatório o uso de letra cursiva. Quanto se perde desta forma, penso eu. Quantos bilhetes de amor, quantas cartas de amigos, quanto... do que é pessoal. Eu sei que é preciso aceitar as evoluções do mundo, mas deixar de escrever? Pode até ser um avanço no mundo tecnológico, mas é uma grande perda no mundo pessoal e humano.

Encerro com uma fotinho linda que achei no site greenrabbitdesigns.wordpress.com (aliás, a de cima também é deste site). Achei a coisa mais doce esta forma de dar um chazinho a alguém.

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