segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Mudar só um pouquinho...



O frio voltou no domingo. Li no Zero Hora que 385.000 pessoas no Rio Grande do Sul são pobres. Se todos morassem em uma só cidade, ficaria somente atrás de Porto e Caxias em termos de número de habitantes. O que fazer? Fiquei muito pensando nisso.



Há pequenas coisas a serem feitas que mudariam muito pouco o fluxo normal de nossas vidas e talvez somadas representariam alguma diferença. Poderíamos, por exemplo, economizar um pouco de energia elétrica e água todos os dias. Em uma cidade do Rio Grande do Sul há racionamento de água cerca 15 horas por dia há meses, para nós economizar um pouquinho de água com certeza não seria um grande esforço. Poderíamos ser um pouquinho mais gentis, desejar bom dia ao cobrador de ônibus, agradecer ao caixa do super mercado, não perder a paciência quando um velhinho atravessa a rua devagar. Poderíamos sorrir mais para as pessoas também, não custa nada, não dá trabalho nenhum. Poderíamos quem sabe separar o lixo, se já jogarmos o orgânico em uma lata e o seletivo eu outra não dará trabalho algum. Poderíamos pensar se realmente é necessário trocar de celular e televisão todos os anos, se fazê-los durar mais seria assim tão difícil. Poderíamos também, ao trocá-los, dar o destino correto aos antigos, ou seja, ou doá-los ou levá-los ao local correto para descarte, não se joga eletrônico em lixo doméstico. Aliás, também não é um super trabalho levar pilhas, baterias, lâmpadas e remédios ao local correto para descarte.

Poderíamos comprar mais coisas a vista e menos no cartão de crédito, colaborar só um pouquinho com a economia do nosso mais e diminuir a porcentagem dos endividados. Aliás, poderíamos pensar um pouquinho antes de comprar certas coisas se realmente precisamos delas. Poderíamos guardar um pouquinho para nosso futuro.

Poderíamos consumir um pouquinho menos de sal e açúcar todos os dias. Poderíamos caminhar um pouquinho, subir algumas escadas, interagir com a cidade. Poderíamos lavar mais as mãos. E com todas estas atitudes, diminuir um pouco a super lotação do sistema de saúde. Quem sabe até começar a gostar de alface? Gastar menos em remédios e mais em alimentos que são bons para nós e para a terra. Quem sabe... Aliás, poderíamos valorizar os produtos orgânicos, os agricultores, o que é produzido localmente. Talvez até trocar alguns "made in China" por "made in Brazil". Seria incrível.

Poderíamos passar um pouquinho menos de tempo alisando celulares, adorando a internet, namorando o videogame, endeusando carros, e um pouquinho mais com seres humanos de verdade, conversar, olhar nos olhos de alguém. Quem sabe fazer elogios no mundo real? É diferente do que no mundo virtual, por incrível que pareça.

Poderíamos gastar mais tempo cuidando de crianças. Poderíamos mostrar a elas que existe todo um mundo longe da televisão, onde se pode jogar futebol, correr no parque, brincar com outras crianças. Poderíamos fazê-las gostarem de banana! Uau, isto seria demais. Poderíamos até quem sabe adotar uma criança? Aliás, poderíamos escutar um pouquinho o que nossos avós têm a dizer. Poderíamos valorizar a sabedoria dos mais velhos. E também escutar o que os mais novos têm a dizer. E que tal gastar um tempinho da semana com amigos de infância? Nada mais feliz.

Poderíamos cozinhar um pouquinho em casa. Pasmem, fazer um molho de tomate e cebola não faz mal a ninguém. Poderíamos desacelerar só um pouquinho, sentir um pouquinho mais de alegria. Poderíamos ser seres humanos só um pouquinho melhores. Talvez o mundo ficaria um pouquinho melhor também.

Finalizo meu post de hoje com minha segunda edição da árvore de Natal!


Wish you a lovely week!

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